Não são somente os espectadores de Salve Jorge, da Globo, que perceberam que a personagem Irina, interpretada por Vera Fischer, chegou à trama prometendo ser uma das grandes vilãs, mas acabou apagada. A própria atriz reconhece que o papel está aquém do que esperava.Em entrevista ao jornal O Globo, Vera lamenta a pouca participação no folhetim de Glória Perez e frisa
que, se isso acontecesse há algum tempo, ela mostraria sua insatisfação:
“Ele [o papel] não tem cenas fortes, não dá para decolar. Quando vi o caminho em que as coisas estavam indo, pensei: “Bom, deixa, é mais uma novela, acaba, o público esquece, e tal.” Se fosse em outra época, eu daria um chilique. Só espero que o próximo personagem que me apresentem seja um com alguma dignidade, porque estou cansada de fazer papelzinho que não é para mim e sim para uma pessoa que está começando na carreira”, critica.
Vera nega que tenha iniciado a campanha “Levanta, Irina”, que ganhou a internet, para que sua personagem saísse um pouco da mesa onde faz a contabilidade da boate e circulasse pelo local. O boato diz que Vera queria ficar em pé para, também se movimentar um pouco, já que estaria insatisfeita com seu atual peso.
“Não tem como eu pedir: ‘me bota para levantar’. Isso é algo que está escrito na marcação”, diz.
Ela, entretanto, reconhece que está um pouco fora de forma: “Não me peso, mas sinto pelas roupas que engordei. É difícil fechar a boca. Durante uma semana faço dieta rigorosa e na seguinte, não. Mas depois da novela vou voltar a fazer ginástica e massagem todo dia. Vou ficar magrinha.”
No dia da conversa com o jornal, Vera lançava seu segundo livro, Lucíola, que fala sobre uma prostituta de boate de strip-tease em Copacabana, no Rio de Janeiro, que gosta de arte e é culta. Em um trecho da publicação, um personagem aconselha outro a pensar menos e agir mais, o contrário do que era a atriz há pouco tempo. Seu comportamento a colocou em confusões que foram parar na mídia, como o turbulento fim de seu casamento com o também ator Felipe Camargo, ocorrido em 1995.
“Com a idade, você vai se assentando mais. Antes, fazia primeiro e pensava depois. Agora, penso primeiro", garante.
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