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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ministra boliviana afirma não saber dos 12 corintianos presos


Enquanto o governo brasileiro começa a fazer força para melhorar a situação dos 12 torcedores do Corinthians presos em Oruro, o boliviano parece ainda ignorar o caso.
Cecília Ayllon, ministra da Justiça, afirmou nesta quarta à Folha que desconhece o assunto. "Não tivemos contato, não estamos acompanhando esse caso", declarou.A ministra disse não ter sido procurada por ninguém do Brasil. "Não tivemos contato com ninguém, não me pediram audiência", afirmou.
A Embaixada do Brasil em La Paz entendeu a declaração da ministra como mais uma prova da lentidão com que o processo vem sendo tocado.Desde o dia 20 de fevereiro, há 12 corintianos detidos na cidade de Oruro, acusados do homicídio do estudante Kevin Beltrán Espada, 14, no jogo entre Corinthians e San José pela Libertadores.
Uma comitiva de oito deputados federais está na Bolívia para tentar amenizar a situação dos 12 presos. Ontem, reuniram-se com o vice- -chanceler boliviano, Juan Carlos Tejada. "Pedimos celeridade no processo", resumiu Nelson Pellegrini (PT- -BA), que lidera a comitiva.
Ouviram de volta que não há má vontade com os corintianos e que a Justiça também é lenta para os bolivianos.
Os deputados entregaram às autoridades locais o que consideram provas da inocência dos 12 de Oruro: a confissão do adolescente que assumiu a autoria do crime e vídeos que mostram que ele teria agido sozinho.
O deputado Jefferson Campos (PSD-SP) deixou a reunião pessimista. "Ainda não vislumbro uma saída para o caso", comentou. "Acho que primeiro precisamos resolver o problema judicial, tentar tirá-los de cadeia, para só então tentar uma extradição."
Em Brasília, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, classificou como "precária" a situação e disse sentir "sensibilidade" das autoridades bolivianas.
Nesta sexta, os parlamentares brasileiros vão de carro a Oruro (a 225 km, estimativa de três horas e meia de viagem), onde vão visitar a cadeia em que estão os corintianos.
Na segunda-feira, os 12 detidos vão deixar a cadeia por algumas horas. Eles vão participar de uma inspeção ao estádio em que ocorreu a morte.

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